Há amores - poucos - eternos e incondicionais.
Há os negociáveis, que aceitam quase qualquer moeda de troca.
E há os irrenunciáveis, mantidos apesar de.
sábado, 29 de setembro de 2007
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Conexões com hora marcada
Do livro Conto a Gotas, ainda não publicado.
Laura e André conheceram-se, admiraram-se e apaixonaram-se virtualmente. Ela estava na Alemanha há quatro meses e ainda precisava representar sua empresa naquele país por mais dois meses. Não fez amigos e sentia-se só. Durante o dia trabalhava e à noite, para passar o tempo, encontrava-se virtualmente com parentes e alguns amigos. Quando ia naquele cyber café buscando companhia, Laura não pensava em paquerar, encontrava-se sempre com os mesmos amigos brasileiros. Porém, numa dessas vezes, um rapaz convidou-a para conversar, ela evitou. André insistiu e como não obtinha resposta, passou a escrever sobre vários assuntos para ver se conseguia chamar sua atenção. E, devido a uma dessas inacreditáveis coincidências, conseguiu. Eles moravam na mesma cidade! Depois de responder a um imenso questionário sobre como estava a cidade e sobre lugares que costumava freqüentar, André pôde fazer algumas perguntas. Conversavam sobre tudo em encontros com hora marcada, nem a diferença de fuso horário atrapalhou. Íntimos e apaixonados, contavam os dias para que Laura retornasse e pudessem, enfim, encontrar-se. Chegou o dia. Marcaram o primeiro encontro num ponto turístico da cidade. Estavam realmente empolgados. Era fantástico poder falar com olhos nos olhos, ouvir a voz do outro, sentir a pele e o peso, ter a presença real. Duas semanas de namoro e eram tantos impecilhos que a paixão escoou. Claro que sabiam que pertenciam a mundos diferentes. Souberam o tempo todo. Porém, antes, não fizera diferença. As impossibilidades só pareciam possíveis no calor ilusório daquelas conexões com hora marcada.
Laura e André conheceram-se, admiraram-se e apaixonaram-se virtualmente. Ela estava na Alemanha há quatro meses e ainda precisava representar sua empresa naquele país por mais dois meses. Não fez amigos e sentia-se só. Durante o dia trabalhava e à noite, para passar o tempo, encontrava-se virtualmente com parentes e alguns amigos. Quando ia naquele cyber café buscando companhia, Laura não pensava em paquerar, encontrava-se sempre com os mesmos amigos brasileiros. Porém, numa dessas vezes, um rapaz convidou-a para conversar, ela evitou. André insistiu e como não obtinha resposta, passou a escrever sobre vários assuntos para ver se conseguia chamar sua atenção. E, devido a uma dessas inacreditáveis coincidências, conseguiu. Eles moravam na mesma cidade! Depois de responder a um imenso questionário sobre como estava a cidade e sobre lugares que costumava freqüentar, André pôde fazer algumas perguntas. Conversavam sobre tudo em encontros com hora marcada, nem a diferença de fuso horário atrapalhou. Íntimos e apaixonados, contavam os dias para que Laura retornasse e pudessem, enfim, encontrar-se. Chegou o dia. Marcaram o primeiro encontro num ponto turístico da cidade. Estavam realmente empolgados. Era fantástico poder falar com olhos nos olhos, ouvir a voz do outro, sentir a pele e o peso, ter a presença real. Duas semanas de namoro e eram tantos impecilhos que a paixão escoou. Claro que sabiam que pertenciam a mundos diferentes. Souberam o tempo todo. Porém, antes, não fizera diferença. As impossibilidades só pareciam possíveis no calor ilusório daquelas conexões com hora marcada.
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
Um dia de outono, fragmentos de escritos
... não tem nada bom ... há as meninas, mas elas são, estão e estarão independentemente de qualquer coisa. ... há necessidade ... há ansiedade, então exagero ... não ... não ... nada de sol ... a vida é daqui 'pradiante' ... busco ... tenho dúvidas ... por que abandono meus direitos ... eles não falam a mesma língua que eu ... quero olhar pra frente ... queria uma mágica, uma reviravolta boa ... parceria de valor. está em falta. ... qual é o botão certo ... perguntas sem respostas. ... não há astrologia ou tarô, simbolismo ou relaxamento que responda. onde é o dentro? o que fazer para ouvir o coração ou para fazê-lo falar ... sei o que posso dar ao mundo, mas não sei o que ele quer ... a calma ... talvez o que sempre quis - a solidão boa, provida, liberta.
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