sábado, 24 de abril de 2010

Passos rápidos, sem pressa

Calor. Nuvem preta sobre Icaraí. Rio claro, ainda. Roda de capoeira, fogos. Poucos carros, pouca gente. Futebol. 7 duplex. Cliques, cliques e cliques. Lembranças adolescentes. Vento reparador.

domingo, 18 de abril de 2010

Excessos, dietas e felicidade

Algum dia fiz uma avaliação sobre o que me fazia comer muito mais do que o necessário e, consequentemente, pesar muito mais do que gostaria. Em linhas gerais, concluí que era um modo de obter prazer em fases em que não estava obtendo prazer de outras formas. Ok, isso é o resumo do resumo, além de ser óbvio; mas é o que importa no momento. Fui uma adolescente que vivia inventando dietas para dois segundos depois, cometer todos os excessos. Até que a gravidez me fez emagrecer. E veio uma longa fase muito feliz, onde eu fazia várias coisas que me davam prazer em família, no trabalho, estudando e criando o que gostava. Foram 20 anos com o mesmo peso, o peso ideal! Comia meu chocolate, não fazia dieta, às vezes controlava um pouquinho aqui ou ali, mas não me castigava com os excessos e os excessos não me castigavam. Aí, comecei a engordar bem devagar, conforme ia ficando menos feliz e mais longe de mim. Com isso, voltei à fase das mil dietas e pouquíssimo resultado. Há dois anos e meio procurei os Vigilantes do Peso, estava com mais 6 quilos do que tinha na fase boa. Emagreci bastante no início, mas estacionei quando perdi 3 quilos e isso me desanimou, e eu engordei os 3 e mais 3, não assim, num piscar de olhos, mas ao longo de um ano e meio, talvez. Lá fui eu de novo... desta vez procurei um endócrino que me passou uma dieta de baixa caloria, mas que dava pra comer de tudo (como os Vigilantes). Emagreci 4, engordei 1 e estou com os mesmos 6 a mais. Na verdade, o processo tem que ser oposto. Sei que quando “voltar a mim”, quando estiver fazendo o que gosto, tendo uma vida mais parecida comigo, não vou precisar buscar tanta recompensa na comida. De qualquer forma, vou recomeçar a dieta, que na verdade precisa ser reeducação e não restrição alimentar. Gosto de dizer que segunda-feira não é dia de começar dieta, que é desculpa pra quem quis comer tudo no fim de semana; acho que as dietas deveriam começar na sexta!... Mas, começo a minha amanhã – segunda, porque hoje teve lanche na casa da minha mãe.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

O que é o medo?

Segundo o Aurélio: Sentimento de viva inquietação ante a noção de perigo real ou imaginário, de ameaça; pavor, temor.

O que foi a onda de pânico que tomou conta de Niterói ontem, julgando que havia um mega arrastão que percorria do Fonseca a Icaraí?

Eu estava na rua e observei que algumas lojas estavam com as portas meio fechadas, pensei que poderia ser em sinal de respeito aos mortos, já que a cidade está de luto oficial. Continuei caminhando em direção ao meu destino, quando fui surpreendida por várias pessoas correndo e dizendo que havia um arrastão. Eu e alguns outros entramos numa loja que trancou a porta de vidro. Lá de dentro eu via algumas pessoas correndo, outras andando normalmente. Na loja, algumas pessoas se descontrolavam ao telefone contando para outras sobre o arrastão que estava ocorrendo em toda a cidade, com saques em lojas e mercados e quebra-quebra de carros. É assim que o pânico se espalha: celulares nas mãos + medos: da violência, do desconhecido, da ameaça, do descontrole, da impotência.

Mas, de verdade, somos um povo solidário, não só na ajuda a quem precisa como também com quem está na mesma situação que nós. Nos unimos nesses momentos, somos uma família, amigos de infância e nos defendemos. Na loja em que eu estava tinha uma menininha de seus 4 anos, assustada com tantos adultos tentando esconder que estavam com medo e que coisas muito ruins poderiam ocorrer. Todos nós queríamos protegê-la. As vendedoras ofereciam água. Quem tinha o celular funcionando mau (porque houve uma pane momentânea no serviço), tinha vários outros aparelhos à sua disposição. Enfim, o instinto de sobrevivência ou de preservação da espécie e o amor ou a solidariedade são naturais dos humanos.

Mas também somos cruéis. Quando nos colocamos no lugar de vítimas e nos eximimos do sofrimento alheio. Quando perguntamos, como ouvi no meu lugar de refugiada, "o que eu tenho com o que ocorreu, se perderam tudo eu não tenho nada com isso", diziam em relação ao arrastão anunciado e aos supostos autores - pobres que já tinham pouco e que perderam tudo com as chuvas fortes e os deslizamentos.

Medo da miséria.
Que, ainda segundo o Aurélio, é o estado deplorável; indigência, penúria; avareza; bagatela, ninharia; ação vil.

O imaginário coletivo tem o poder de produzir esse cenário cruel e ilusório.
Bom se conseguíssemos transformar esse coletivo através da soma de nossas realidades individuais.

terça-feira, 6 de abril de 2010

Grupo de Mulheres

Convite para formação de grupo de mulheres

Objetivo: Vivência e partilha de experiências de crescimento pessoal.

Através de contos, materiais expressivos, jogos, técnicas corporais e arteterapia vamos caminhar na direção do autoconhecimento e da criatividade.

Serão 6 encontros, um sábado por mês, cada um com um tema.


Facilitadora - Caroline Tavares - Psicóloga crp14314/05 e Arteterapeuta aarj172


Dias 17/04, 15/05, 19/06, 17/07, 21/08 e 18/09
De 9h30 as 16h30

Local: Niterói | RJ

Inscrições antecipadas pelo e-mail: carolltavares@yahoo.com.br