sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Sobre o crescimento

O espaço é pequeno. Talvez não tanto, mas parece sufocar, conter. Será o espaço físico insuficiente? A semente que cresce rompe sua pele, inaugurando um percurso vertical rumo ao sol. Antes disso, porém, ela incha. Conhece o limite, o seu limite, isso é necessário para que possa ir além. No momento certo, a casca - antigo lugar de acolhimento - é abandonada em favor do crescimento natural, saudável, esperado. A lagarta também abandona o casulo quando alcança o status de borboleta; e aí, é preciso ter coragem de rompê-lo e voar rumo ao futuro. O bebê deixa o útero e passa a respirar. O amadurecimento pode ser observado através de fases, uma após outra, cada uma apontando para a necessidade de abrir mão de algo em favor do que está por vir. Momento crítico marcado pelo inchaço, pelo desconforto, pelo sufocamento; que, no próximo passo, dará lugar ao alívio, à abertura, à liberdade de uma nova fase.

4 comentários:

Claudia Sciré disse...

este sufocamento deve ser fruto da nossa insegurança com a nossa própria capacidade nos tempos q estão por vir... sinto-me às vezes encalacrada, sem saída, embora o espaço para a saída já esteja sem aproximando

Maria Fernanda disse...

tia, curti!!!

Gi disse...

=)
bonito texto, mãe.

Marcos Cavalcanti disse...

Crescer é não caber mais num espaço! Não seriam as ondas o transbordamento do mar????