E eu voltei várias e várias vezes à quaresmeira. Voltei os olhos, a câmera, o foco. À grande, mas às outras também. Sua presença me chamava, me chama. O resto não importa. Perdão. E paz.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
25.02.12
E eu voltei várias e várias vezes à quaresmeira. Voltei os olhos, a câmera, o foco. À grande, mas às outras também. Sua presença me chamava, me chama. O resto não importa. Perdão. E paz.
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Viver é impreciso
Tem gente que gosta de viver de sonhos, projeções, encantamentos, no plano das ideias. Apenas. Satisfazem-se assim. Ou só sabem ou conseguem assim. Eventualmente um ou outro momento no plano real, das experiências palpáveis, das realizações. Mas essas experiências mais envolventes, que envolvem todos os sentidos, fazem perder o sono. Então, eles voltam, rapidamente, para o mundo dos sonhos - lugar menos perigoso.
terça-feira, 21 de fevereiro de 2012
Ex-amores
Me peguei pensando nos meus ex-amores. Andei lendo uns e-mails antigos. Aí fiquei com isso na cabeça. Talvez porque esteja aberta a um novo amor, como disse o filme ontem: "eu estou esperando alguém".
Podemos ter tantos amores, não é? Sentir tantas vezes paixão. Desde o da infância, talvez platônico; até o mais recente, talvez breve promessa. Alguns de nós mais, outros menos, mas, todos temos ex-amor(es). E todos viramos poetas. Ah, as poesias de amor! Talvez a expressão mais sublime do humano. E, do outro lado, as vozes da separação - quase sempre a nossa pior voz.
Quantas vezes já pensei que fosse para sempre? Não todas. Quase. Mas, como "sempre não é todo dia", há de se aprender o desapego. Do objeto/sujeito da paixão, da história, da rotina, das promessas, sonhos e expectativas. As lembranças não precisam ser esquecidas. Será? Talvez precisem, para que possamos seguir. Para, cedo ou tarde, encontrarmos o próximo amor que, este sim, durará para sempre.
Uns são longos e rasos; outros, rápidos e marcantes. Sim; há os longos e marcantes. Já os rápidos e rasos talvez devam pertencer a outra categoria que não a do amor. Paixões. É, estas podem ser rasas e rápidas. Há as paixões proibidas, mas inevitáveis, aí é preciso olhar no espelho diariamente, pela manhã, e repetir: não me apaixonar, não me apaixonar, não me apaixonar de verdade. Funciona.
Dava pra ficar aqui escrevendo muito mais sobre o tema. Mas, é recomendável não se ater muito aos ex. Afinal, passou. Eu acho que ex é ex, status imutável, mas há quem discorde. Talvez seja por isso que eu demore um pouco a dar como encerrada uma história.
Estou pensando num livro que una fragmentos de amores - hoje ex.
Todo amor é verdade. E toda verdade é mutável.
sábado, 18 de fevereiro de 2012
É carnaval
Fui caminhar na areia. Atravessei a praia e cheguei junto ao mar. No ipod Lenine, Marisa Monte, mas, as ondas queriam conversar. Desliguei a música. O som do mar me ganhou. Observar o mar com suas ondas calmas insistindo, vez ou outra, em elevar a maré; o céu ainda claro querendo anoitecer com suas nuvens rosas; a outra cidade ao lado com suas montanhas e luzes; crianças e seus montinhos de areia; pessoas passeando, admirando, fotografando, pescando, brincando. A praia tem seu próprio ritmo e hoje ritmo tranquilo de gente que parece só querer aproveitar a vida, o momento; sem os circuitos e seus bambolês e pessoas correndo de costas e pulando cones. Presença. Me senti (n)aquele cenário, (n)aquela paisagem. Eu, o mundo, as outras pessoas, sem identidades, éramos todos um cenário. Ninguém queria saber sobre mim e eu não queria saber sobre ninguém, existíamos assim, no todo, presença sem particular. E os sons das ondas, das crianças, dos cachorros; as vozes. A primeira estrela e a noite ainda era clara, o mar ainda convidava à permanência naquele cenário. E o cheiro do mar me tirou daquela realidade e me levou a lembranças, memórias muitas, distantes e nem tanto, de fatos, de sensações, de pessoas, de épocas, de outros cheiros - de tangerina, por exemplo. E uma sensação de pertencimento me afetou, por causa daquele cheiro de mar que é lembrança antiga. O meu lugar é um lugar de mar, de andar ao lado do mar, de sentir o cheiro e o som e dormir com as ondas batendo. Um lugar com mar é o meu lugar. Esse mar é o meu mar - calmo, que me convida, que me inspira, que me deixa andar junto e brinca comigo molhando meus pés. Um lugar com a brisa do mar é o meu lugar, porque lá minhas memórias me lembram do particular, do íntimo, mas não me tiram do cenário. Lá eu sou cenário, mas pertenço. Noite escura, estrelada, linda!, noite acolhedora que ainda me chama. A noite é o sujeito e eu sou o seu cenário. Ficções.
quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012
Sentido para a vida
Às vezes eu queria ser do tipo que é levado pelo fluxo, que diz "não tem outro jeito, é assim mesmo"...
Às vezes, por milésimos de segundos, parece tão mais fácil...
Você tem essa sensação?
Aí, 3 segundos, respiração, e ... volto a mim!!
E vejo que melhor mesmo é viver de forma que faça sentido!
Bora fazer a vida ter sentido!!
domingo, 12 de fevereiro de 2012
O encontro com a deusa
"A mulher representa, na linguagem pictórica da mitologia, a totalidade do que pode ser conhecido. O herói é aquele que aprende. À medida que ele progride, na lenta iniciação que é a vida, a forma da deusa passa, aos seus olhos, por uma série de transfigurações: ela jamais pode ser maior que ele, embora sempre seja capaz de prometer mais do que ele é capaz de compreender. Ela o atrai e guia e lhe pede que rompa os grilhões que o prendem. E se ele puder alcançar-lhe a importância, os dois, o sujeito do conhecimento e o seu objeto, serão libertados de todas as limitações. A mulher é o guia para o sublime auge da aventura sensual. Vista por olhos inferiores, é reduzida a condições inferiores; pelo olho mau da ignorância, é condenada à banalidade e à feiura. Mas é redimida pelos olhos da compreensão. O herói que puder considerá-la tal como ela é, sem comoção indevida, mas com a gentileza e a segurança que ela requer, traz em si o potencial do rei, do deus encarnado, do seu mundo criado."
Joseph Campbell em O Herói de Mil Faces
sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012
Promessas e possibilidades
Sete e meia da manhã. Olhar o Rio, à distância, num dia de sol, é claro, reluz. É só branco - cimento e areia e azul - amplidão. É nítido - promessas e possibilidades.
No Mar, barCos - movimento e placidez.
Aqui, em mim, realidade. Cores, cheiros, sons, gente.
Rotinas, surpresas, promessas e possibilidades.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
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