sábado, 4 de maio de 2013

Sutilezas

Eu tenho um caderno onde escrevo sonhos, reflexões, angústias, desejos, etc. Ontem peguei pra escrever um pouco e a última frase era: desconfiar do doce e observar, escrito dia 5 de março. Não lembrava do que se tratava e reli, abaixo algumas partes:

Demorei a dormir. Acordei com a sensação de que não havia dormido, mas o sonho é a prova de que não foi assim. Antes das duas da manhã pensei se seria por causa do filme, mas não me pareceu. Uma sensação vaga de incômodo. [...] Por um instante pensei ser uma sensação de decepção, mas não; ainda o incômodo vago, a impressão de que algo não deveria ser assim e/ou que algo sempre acontecia assim. [...] E, agora, enquanto escrevo penso na palavra fraude, que talvez substitua decepção. [...] Então, o que parece surgir é uma paisagem sempre a mesma. Do guia. Que se coloca docemente, se impõe e "toma", ocupa os lugares, a direção; o crivo. [...] E me pergunto se mais alguém se pergunta. Se mais alguém se incomoda. Se alguém tornará o assunto assunto. [...] Um Rubicão? [...] Duvidar do doce. [...] questão encerrada sem mais. [...] Desconfiar do doce e observar.

Talvez o melhor seja desconfiar da/o guia, como objeto/sujeito orientador.

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