Podemos ter tantos amores, não é? Sentir tantas vezes paixão. Desde o da infância, talvez platônico; até o mais recente, talvez breve promessa. Alguns de nós mais, outros menos, mas, todos temos ex-amor(es). E todos viramos poetas. Ah, as poesias de amor! Talvez a expressão mais sublime do humano. E, do outro lado, as vozes da separação - quase sempre a nossa pior voz.
Quantas vezes já pensei que fosse para sempre? Não todas. Quase. Mas, como "sempre não é todo dia", há de se aprender o desapego. Do objeto/sujeito da paixão, da história, da rotina, das promessas, sonhos e expectativas. As lembranças não precisam ser esquecidas. Será? Talvez precisem, para que possamos seguir. Para, cedo ou tarde, encontrarmos o próximo amor que, este sim, durará para sempre.
Uns são longos e rasos; outros, rápidos e marcantes. Sim; há os longos e marcantes. Já os rápidos e rasos talvez devam pertencer a outra categoria que não a do amor. Paixões. É, estas podem ser rasas e rápidas. Há as paixões proibidas, mas inevitáveis, aí é preciso olhar no espelho diariamente, pela manhã, e repetir: não me apaixonar, não me apaixonar, não me apaixonar de verdade. Funciona.
Dava pra ficar aqui escrevendo muito mais sobre o tema. Mas, é recomendável não se ater muito aos ex. Afinal, passou. Eu acho que ex é ex, status imutável, mas há quem discorde. Talvez seja por isso que eu demore um pouco a dar como encerrada uma história.
Estou pensando num livro que una fragmentos de amores - hoje ex.
Todo amor é verdade. E toda verdade é mutável.
3 comentários:
Um livro é uma ótima idéia! bjs
Acho que é né? Vou me dedicar!!! Bjs
Uns dias no paraíso e pensei:
Nada de escrever sobre ex.
Por que gastar tempo, energia e + com isso?
O bom é deixar como está e tratar de acomodar o que é recente no mesmo lugar dos outros.
Se um dia, daqui a muito, não tiver mais o que fazer, aí quem sabe? Recontar, inventar, misturar.
Agora a energia é para o que virá.
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