terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Sobre tempo, memória, realidade, ficção e escolhas

Na noite do último domingo li O sentido de um fim, de Julian Barnes. Estava aqui há meses, comprei na Flip por causa do título.

"E a vida é isso, não é? Algumas realizações e algumas decepções. A mim parece interessante, embora não reclame ou me espante se outros não concordam muito com isso. Talvez, de certa forma, Adrian soubesse o que estava fazendo. Mas eu não perderia a minha vida por nada, entenda bem."

...

"Nós vivemos no tempo, ele nos limita e nos define, e o tempo supostamente mede a história, não é? Mas, se não podemos entender o tempo, não podemos alcançar seus mistérios de ritmo e progresso, que chance nós temos com a história - mesmo o nosso pequeno, pessoal e praticamente não documentado pedaço dela?"

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"Mas o tempo... como o tempo primeiro nos prende e depois nos confunde. Nós achamos que estávamos sendo maduros quando só estávamos sendo prudentes. Nós imaginamos que estávamos sendo responsáveis, mas estávamos sendo apenas covardes. O que chamamos de realismo era apenas uma forma de evitar as coisas em vez de encará-las. O tempo... nos dá tempo suficiente para que nossas decisões mais fundamentadas pareçam hesitações, nossas certezas, meros caprichos."

Um comentário:

Érima de Andrade disse...

Muito bom Caroline! O livro é todo assim? bjs