terça-feira, 26 de março de 2013

"Eu não desenvolvo; sou."

Pablo Picasso


Era um grupo pequeno criando um espaço. 

O rapaz percebeu o alcance do amor. Às vezes o amor se disfarça de outras coisas, talvez seja preciso olhares que já tenham passado perto dali para apontar, sutilmente, uma outra possibilidade.

Diferenças e semelhanças.

Ele teve uma professora que, sabendo ou não, mostrou-lhe caminhos que talvez não encontrasse de outras formas. Talvez ela soubesse disso, mas, afinal, todos nós tivemos um professor-mestre.

Exercício de abertura.

Ele tinha livros, revistas e interesse por determinado assunto, pensava em fazer outra graduação quando terminasse a que estava cursando, aquela parecia fazer mais sentido do que esta. Talvez aquele futuro estivesse relacionado a sua sensibilidade. Seria como um guardião, e ao mesmo tempo, expressão.

Fluxo, movimento.

Os cupins devoraram seus livros e revistas. Sim, os cupins. Sem que ele percebesse, aquele interesse foi consumido. Por outros. Funcionou como um sinal. E, para que não restasse dúvidas, queimou o que restou. Agora aquilo parecia bobagem.

...

O rapaz tornou-se professor, enfrenta desafios, muitos. Certo é que sua sensibilidade o levará a ser lembrado por algum aluno como professor-mestre.

O mundo dá voltas.


(p.s.: era pra ser um conto sobre o rapaz. mas surgiu uma interlocução)

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