domingo, 16 de dezembro de 2007

Em 2008

Diminua seu lixo.
Recicle seu lixo.

Livre-se dos excessos.

Recicle sua vida!
Viva com o essencial!

VIVA O ESSENCIAL!!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

"Coisas que eu sei

São coisas que antes eu somente não sabia
Agora eu sei"
(Dudu Falcão)

Vento, sol, balanço das águas calmas da baía, voz de gente, som de avião, vento, nuvem branca, muita gente, cabelo ao vento, balanço, céu azul, riso, Água Fria, balanço, movimento, rumo, Spartagus Imóveis, zumbido de gente, horizonte, vento, cheiro de mar, balanço de barca, balanço de rede, vista do céu, cheiro de mar, ritmo lento, vôo da ave e do avião, terra à vista, céu vermelho, chegada, será que eu tô inventando?

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

"Vida Maria"

Um filme de Marcio Ramos
http://www.viacg.com/












Um curta ultra premiado, hiper expressivo, e lindo!
Uma história sobre o sentido do fazer.

Assisti no VI Araribóia Cine e gostei muitíssimo - da temática, da forma, da sensibilidade.

sábado, 17 de novembro de 2007

Simples assim

Oi fixo
Oi móvel
Oi internet
Oi velox
Oi loja
Oi paggo
Oi conta total

Nenhuma conexão entre as partes; inúmeros números para ligar; muitos atendentes que parecem treinados para não esclarecer ao consumidor; sotaques e mais sotaques; promoções que não duram até a próxima ligação.

Não há nada de simples no mundo Oi.

quarta-feira, 31 de outubro de 2007

Medos Privados em Lugares Públicos

Ótimo título.
Um filme sobre a solidão.
Bom e lento.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Estranhamentos...

estranham-me... porque identificam-me com a persona profissional.

Mas, para espanto de alguns, eu não sou a psicóloga ou a artista. Elas são partes de mim, mas eu não sou apenas elas.
Sou tão mais...

E aí, para alguns, parece que estou promovendo um "sumiço de mim". Ainda sou elas, sempre serei, mas também sou outras - algumas há tempos e outras, nascimentos recentes.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Body Art

Segmento da arte contemporânea onde o corpo é usado como suporte.

É o corpo, muitas vezes o do próprio artista, que é objeto de transformações e experimentações (bio)tecnológicas. Orlan e Stelarc são artistas importantes da body art.


Stelarc
Orelha implantada no braço

sábado, 29 de setembro de 2007

Variações sobre o amor

Há amores - poucos - eternos e incondicionais.
Há os negociáveis, que aceitam quase qualquer moeda de troca.
E há os irrenunciáveis, mantidos apesar de.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Conexões com hora marcada

Do livro Conto a Gotas, ainda não publicado.
Laura e André conheceram-se, admiraram-se e apaixonaram-se virtualmente. Ela estava na Alemanha há quatro meses e ainda precisava representar sua empresa naquele país por mais dois meses. Não fez amigos e sentia-se só. Durante o dia trabalhava e à noite, para passar o tempo, encontrava-se virtualmente com parentes e alguns amigos. Quando ia naquele cyber café buscando companhia, Laura não pensava em paquerar, encontrava-se sempre com os mesmos amigos brasileiros. Porém, numa dessas vezes, um rapaz convidou-a para conversar, ela evitou. André insistiu e como não obtinha resposta, passou a escrever sobre vários assuntos para ver se conseguia chamar sua atenção. E, devido a uma dessas inacreditáveis coincidências, conseguiu. Eles moravam na mesma cidade! Depois de responder a um imenso questionário sobre como estava a cidade e sobre lugares que costumava freqüentar, André pôde fazer algumas perguntas. Conversavam sobre tudo em encontros com hora marcada, nem a diferença de fuso horário atrapalhou. Íntimos e apaixonados, contavam os dias para que Laura retornasse e pudessem, enfim, encontrar-se. Chegou o dia. Marcaram o primeiro encontro num ponto turístico da cidade. Estavam realmente empolgados. Era fantástico poder falar com olhos nos olhos, ouvir a voz do outro, sentir a pele e o peso, ter a presença real. Duas semanas de namoro e eram tantos impecilhos que a paixão escoou. Claro que sabiam que pertenciam a mundos diferentes. Souberam o tempo todo. Porém, antes, não fizera diferença. As impossibilidades só pareciam possíveis no calor ilusório daquelas conexões com hora marcada.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Um dia de outono, fragmentos de escritos

... não tem nada bom ... há as meninas, mas elas são, estão e estarão independentemente de qualquer coisa. ... há necessidade ... há ansiedade, então exagero ... não ... não ... nada de sol ... a vida é daqui 'pradiante' ... busco ... tenho dúvidas ... por que abandono meus direitos ... eles não falam a mesma língua que eu ... quero olhar pra frente ... queria uma mágica, uma reviravolta boa ... parceria de valor. está em falta. ... qual é o botão certo ... perguntas sem respostas. ... não há astrologia ou tarô, simbolismo ou relaxamento que responda. onde é o dentro? o que fazer para ouvir o coração ou para fazê-lo falar ... sei o que posso dar ao mundo, mas não sei o que ele quer ... a calma ... talvez o que sempre quis - a solidão boa, provida, liberta.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Pra quê?

Como somos curiosos em relação a quem fez parte do nosso passado...
Talvez o melhor lugar para esses afetos ainda seja a lembrança.

O orkut e outros meios virtuais propiciam esse "retorno ao passado". Não é muito difícil encontrar um antigo professor, um ex vizinho, um colega da alfabetização ou o primeiro namorado.

O que exatamente nos leva a essa procura? Será saudade, curiosidade em relação ao que a pessoa faz ou em relação à lembrança dela de nós? Os motivos variam. Quase invariável é a questão que se coloca depois - o que mesmo me fez querer saber sobre essa pessoa? Que diferença isso faz na minha vida hoje? Pra quê?

Invariavelmente esses reencontros não levam à retomada de uma grande amizade ou à mudança de algo que tenha real importância. Há exceções, é claro. Quem sabe você descobre que tem mais afinidade, hoje, com aquele cara da escola com quem mal falava oi? Exceções.

Então, afinal, por que querer trazer o passado de volta? Será nossa mania contemporânea de não poder perder nada, de querer tanto e sempre mais de quase tudo?

Quantos daqueles seus 798 amigos do orkut são realmente alguém na sua vida?

domingo, 19 de agosto de 2007

Reinventar

Esta é a palavra do hoje.
Ela reúne em si o seguinte significado: o que há não pode mais ser, é preciso ser de outro modo.
Ela é auto-aplicável e aplica-se a tudo; absolutamente tudo.

Eu estou me reinventando, não sei se continuo a pintar ou se deixo os cabelos brancos.

domingo, 5 de agosto de 2007

Insônia

Do livro Conto a Gotas, ainda não publicado.


Meia-noite. Clara deitou depois de um dia comum. Hábito seu demorar-se um pouco em pensamentos antes de adormecer. 3 da manhã. Clara acordou naturalmente, levantou-se, bebeu um pouco d'água, olhou o relógio e deitou novamente. Pensamentos começaram a invadí-la. Pensou sobre sua atividade profissional, sobre seu namoro, sobre como estava demorando a conciliar o sono novamente e, por fim, percebeu-se atenta aos movimentos da rua, tentando adivinhar há quanto tempo perdera o sono. Clara morava num apartamento térreo de frente pra rua. Estava completamente adaptada à condição de ter como vizinhos os pedestres e a padaria da esquina que abria suas portas antes das 5 horas da manhã, oferecendo seu pão quentinho quase como prêmio a quem acordava tão cedo para trabalhar. Ouviu as pesadas portas da padaria serem abertas e ficou aguardando o aroma do pão fresquinho invadir seu apartamento. Ônibus e carros passavam mais freqüentemente, o sol clareava o dia, saltos de sapatos encontravam, ruidosamente, o chão com passadas apressadas. 7 da manhã. Clara pensara, um minuto antes de pegar no sono, que esse seu dia iria mesmo começar mais cedo. 10 da manhã. Agora sim o início do dia. Clara levantou deduzindo a causa de sua insônia, a leitura após o jantar: indigestão de Kafka.

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Vende-se:

Gato por lebre
Esteriótipos
Estética por ética
Imediatismo
Supérfluos e mais supérfluos

Eu não quero comprar.

quarta-feira, 18 de julho de 2007

Auto-retrato | Fragmentos

Grafite sobre papel 70cmx100cm


A natureza conceitual desse trabalho é a cisão. A cisão que desfigura, descaracteriza, despersonifica, desmancha, descola, desestrutura, desidentifica, desconstrói a imagem original.

domingo, 24 de junho de 2007

n personas

n personas, n possibilidades, várias personalidades, mil maneiras, muitas caras e tipos, máscaras, n modos de ser e expressar. n multi poli pluri.

sábado, 16 de junho de 2007

A Fotografia

Do livro Conto a Gotas, ainda não publicado.

Há dias revirava gavetas, caixas e álbuns procurando aquela foto. Onde estaria? Tinha urgência em encontrá-la. A foto parecia ter criado vida própria e escolhido fugir de tantas outras. Uma foto em preto e branco. Onde estaria? Ah! Talvez naquela parte do armário que guarda livros antigos; não. Deve estar num lugar bem óbvio, por isso parece ter desaparecido, afinal há pouquíssimo tempo estava colada com durex no lado esquerdo da parede do estúdio. É, tinha que estar por perto. A foto era de um homem de costas, da cintura pra cima. Cabelos escuros, lisos e molhados, pele morena, músculos à vista, braços fortes e costas nuas. Um grande cara, que tinha sumido da parede! Depois de muito procurar, ela encontrou a foto entre as páginas da agenda. Passou, então a admirá-la. Como gostava daquela foto, da sombra que os cabelos faziam no ombro, da posição dos braços que davam a entender um leve sorriso. Como gostava daquele homem, que emprestava seu belo corpo para que ela aprendesse a desenhar, que com toda paciência se entregava às muitas tentativas de chegar a um desenho perfeito. A foto foi a saída que encontraram para que ela pudesse continuar trabalhando, por mais tempo, com aquela pose, e para que os dois pudessem experimentar outras posições.

domingo, 10 de junho de 2007

Subjetividade


Qual o espaço para a subjetividade num contexto onde a fragmentação, o consumismo e o imediatismo ganham cada vez mais importância?

O que pensar acerca da subjetividade num contexto onde a biotecnologia coloca que o fator genético é determinante não só da cor dos olhos e estatura humana, mas também do tipo de vínculo que as mães têm com seus bebês?

O que fazer com a subjetividade num contexto onde o padrão de comportamento e o esteriótipo de beleza são lançados, maciça e rotineiramente, alcançando a quase totalidade da população?

O que é e qual o valor da subjetividade e da identidade decorrente dela no contexto contemporâneo?

Quanto vale a tradição e a memória neste momento histórico?