A palavra meditação vem do latim, meditare, significando ponderar, refletir; também significa voltar-se para o centro, no sentido de desligar-se do mundo exterior e voltar a atenção para dentro de si.
[...]
O objetivo da meditação silenciosa é manter a mente estável frente às situações do cotidiano, ou seja, buscamos não seguir os impulsos que surgem. A prática da meditação desenvolve a capacidade de parar diante das coisas e situações e nos tira a obrigação de reagir a tudo.
Através dela desenvolvemos também a lucidez, independente das circunstâncias externas, permitindo que encontremos novos rumos para nossas ações na vida, no trabalho, nos relacionamentos, em todos os níveis.
Aprendemos que diante de certas coisas, o mais sensato a fazer é parar. Se reagimos às coisas de imediato já estamos presos. Quando temos esta capacidade de parar e não reagir testamos uma possível liberdade. Quando dispomos desta liberdade da não-ação podemos direcionar nossa energia para ações mais lúcidas.
[...]
Que muitos possam ser beneficiados!
Fonte: Curso de Introdução à Meditação Silenciosa do CEBB
www.cebb.org.br
quarta-feira, 10 de novembro de 2010
sábado, 30 de outubro de 2010
Medicina Diagnóstica 2
Como pode ser inocente um pensamento-reflexão sobre um teatro que vira hospital.
Holter - a novela
Me dirigi à clínica ProEcho unidade Niterói para colocar o aparelho que gravaria por 24 horas meus batimentos cardíacos.
Preciso dizer que não foi fácil marcar o exame: liguei várias vezes para a Cardiolab Icaraí e Centro eles estavam "sem sistema"; liguei para a Amil buscando alternativas e eles me deram duas opções - Sérgio Franco e BabyCor, esta última não era viável por motivos óbvios e o SF podia agendar para o dia 24 de dezembro (sem comentários) na unidade Piratininga; fui para a internet e encontrei, no site da Amil, a rede ProEcho, só então liguei e agendei meu exame para um domingo de manhã.
O acesso à clínica não é dos melhores se você não estiver de carro. Peguei um táxi. Eles pedem para que o paciente (que eles transformam em impaciente em pouco tempo) chegue meia hora antes da hora marcada. Depois de preencher a guia do plano de saúde, a atendente disse: "é SÓ aguardar" - acho incrível elas usarem o SÓ. Aguardei meia hora, isso porque eu era a única paciente... até que surgiu uma outra pessoa para informar que o aparelho estava com defeito!
Eles só descobriram isso naquela manhã de domingo... e ainda queriam remarcar para terça ou quarta-feira. Eu não quis, expliquei que colocaria o holter por necessidade e não por diversão, por isso tinha pressa e por isso estava ali num domingo de manhã; peguei a guia da Amil e fui embora sem fazer muito alarde, no íntimo jurava que nunca mais voltaria, mas algo me dizia para silenciar.
Liguei novamente para a Amil, expliquei o caso, reclamei do atendimento deles pois não têm informações atualizadas para passar aos clientes e pedi que registrasse reclamação contra a ProEcho. Além das clínicas informadas no telefonema anterior, essa educadíssima atendente de telefone me deu nova opção.
Eu não tinha outra alternativa a não ser aguardar até o dia seguinte para continuar tentando, enquanto isso, as palapitações continuaram. Segunda-feira - dia útil - liguei e o Centro Médico Niterói não colocava holter pela Amil. Esqueci de mencionar que já tinha ligado para o HCN e o Centrocardio e eles também não colocavam. Tentei de novo as Cardiolabs, mas continuavam sem sistema.
[Escrevo à mão, à luz de velas, pois falta luz há duas horas e a Ampla ainda não deu o ar da graça.]
Voltando. Percebi que não conseguiria marcar o exame e entendi aquela intuição de domingo, liguei para a ProEcho e marquei para o dia seguinte. Lá estávamos eu e a guia da Amil para nova tentativa.
A colocação do aparelho é simples, 4 ou 5 eletrodos são colocados em determinados pontos do tórax e presos com esparadrapo antialérgico, eles são ligados a um aparelhinho que é fixo no paciente através de um cinto. OK. A moça tinha uma foto de um homem sem camisa com o aparelho. Fiquei super feliz, pois isso demonstrava o quanto ela estava preparada e segura para o procedimento..., não bastasse, o aparelho começou a apitar e ela colocava e tirava a pilha... Perguntei se aquele era o aparelho com defeito, respondeu que não sabia que tinha um aparelho com defeito, mas que não era aquele.
24 horas depois voltei para retirar. Algo me disse que podia não ser o fim. Na quinta-feira me ligam... eu teria que colocar o holter de novo, pois tinha dado problemas com a leitura... Por meio segundo pensei em ser educada, mas não deu, falei da incompetência da clínica, do absurdo, etc, etc. A moça disse: "a senhora tem disponibilidade amanhã?" Ela ouviu mais... como assim??? O cliente reclama, com toda razão, e o que ela diz? Nada, ela simplesmente não considera, finge que não ouviu e oferece novo horário como se fosse a coisa mais normal do mundo. Um caos. Marquei, sabendo que não me submeteria à incompetência deles mais uma vez.
Fui no dia seguinte pedir a guia, não queria que eles recebessem pelo que não fizeram. Mas a guia já tinha ido para o faturamento - essa parte funciona e rápido - a supervisora veio me atender, pedi um documento como garantia que eu retiraria a guia na semana seguinte, ela disse que não existia esse documento, expliquei-lhe que era só ela escrever num papel e assinar, ela disse não poder fazer isso e não tinha um supervisor da supervisora que pudesse fazê-lo, quer dizer, ninguém se responsabilizava. IMPRESSIONANTE.
Consegui resgatar a guia, mas precisei pedir outra à médica e ir até a agência Amil para autorizar, finalmente marquei na Cardiolab, tirei hoje e espero o resultado para o dia 8 de novembro, voltarei à médica dia 9, isto é, quase um mês depois da primeira consulta. Não tenho nada grave, se não já teria tido um "treco".
Detalhe 1: o primeiro exame não obteve leitura porque a colocadora de eletrodos achou que era um exame de tireóide e mama. Ela colocou oseletrodos completamente fora dos lugares adequaados, a foto-modelo não ajudou...
Detalhe 2: no episódio em que "soltei os cachorros" na simpática que oferecia novo horário na clínica incompetente, tive uma taquicardia, resultado da muita raiva que senti momentaneamente. Depois disso o coração voltou ao ritmo normal, desde então não tive mais palpitações, a burocracia da medicina diagnóstica acabou com meus sintomas... Será que é tudo proposital?
Holter - a novela
Me dirigi à clínica ProEcho unidade Niterói para colocar o aparelho que gravaria por 24 horas meus batimentos cardíacos.
Preciso dizer que não foi fácil marcar o exame: liguei várias vezes para a Cardiolab Icaraí e Centro eles estavam "sem sistema"; liguei para a Amil buscando alternativas e eles me deram duas opções - Sérgio Franco e BabyCor, esta última não era viável por motivos óbvios e o SF podia agendar para o dia 24 de dezembro (sem comentários) na unidade Piratininga; fui para a internet e encontrei, no site da Amil, a rede ProEcho, só então liguei e agendei meu exame para um domingo de manhã.
O acesso à clínica não é dos melhores se você não estiver de carro. Peguei um táxi. Eles pedem para que o paciente (que eles transformam em impaciente em pouco tempo) chegue meia hora antes da hora marcada. Depois de preencher a guia do plano de saúde, a atendente disse: "é SÓ aguardar" - acho incrível elas usarem o SÓ. Aguardei meia hora, isso porque eu era a única paciente... até que surgiu uma outra pessoa para informar que o aparelho estava com defeito!
Eles só descobriram isso naquela manhã de domingo... e ainda queriam remarcar para terça ou quarta-feira. Eu não quis, expliquei que colocaria o holter por necessidade e não por diversão, por isso tinha pressa e por isso estava ali num domingo de manhã; peguei a guia da Amil e fui embora sem fazer muito alarde, no íntimo jurava que nunca mais voltaria, mas algo me dizia para silenciar.
Liguei novamente para a Amil, expliquei o caso, reclamei do atendimento deles pois não têm informações atualizadas para passar aos clientes e pedi que registrasse reclamação contra a ProEcho. Além das clínicas informadas no telefonema anterior, essa educadíssima atendente de telefone me deu nova opção.
Eu não tinha outra alternativa a não ser aguardar até o dia seguinte para continuar tentando, enquanto isso, as palapitações continuaram. Segunda-feira - dia útil - liguei e o Centro Médico Niterói não colocava holter pela Amil. Esqueci de mencionar que já tinha ligado para o HCN e o Centrocardio e eles também não colocavam. Tentei de novo as Cardiolabs, mas continuavam sem sistema.
[Escrevo à mão, à luz de velas, pois falta luz há duas horas e a Ampla ainda não deu o ar da graça.]
Voltando. Percebi que não conseguiria marcar o exame e entendi aquela intuição de domingo, liguei para a ProEcho e marquei para o dia seguinte. Lá estávamos eu e a guia da Amil para nova tentativa.
A colocação do aparelho é simples, 4 ou 5 eletrodos são colocados em determinados pontos do tórax e presos com esparadrapo antialérgico, eles são ligados a um aparelhinho que é fixo no paciente através de um cinto. OK. A moça tinha uma foto de um homem sem camisa com o aparelho. Fiquei super feliz, pois isso demonstrava o quanto ela estava preparada e segura para o procedimento..., não bastasse, o aparelho começou a apitar e ela colocava e tirava a pilha... Perguntei se aquele era o aparelho com defeito, respondeu que não sabia que tinha um aparelho com defeito, mas que não era aquele.
24 horas depois voltei para retirar. Algo me disse que podia não ser o fim. Na quinta-feira me ligam... eu teria que colocar o holter de novo, pois tinha dado problemas com a leitura... Por meio segundo pensei em ser educada, mas não deu, falei da incompetência da clínica, do absurdo, etc, etc. A moça disse: "a senhora tem disponibilidade amanhã?" Ela ouviu mais... como assim??? O cliente reclama, com toda razão, e o que ela diz? Nada, ela simplesmente não considera, finge que não ouviu e oferece novo horário como se fosse a coisa mais normal do mundo. Um caos. Marquei, sabendo que não me submeteria à incompetência deles mais uma vez.
Fui no dia seguinte pedir a guia, não queria que eles recebessem pelo que não fizeram. Mas a guia já tinha ido para o faturamento - essa parte funciona e rápido - a supervisora veio me atender, pedi um documento como garantia que eu retiraria a guia na semana seguinte, ela disse que não existia esse documento, expliquei-lhe que era só ela escrever num papel e assinar, ela disse não poder fazer isso e não tinha um supervisor da supervisora que pudesse fazê-lo, quer dizer, ninguém se responsabilizava. IMPRESSIONANTE.
Consegui resgatar a guia, mas precisei pedir outra à médica e ir até a agência Amil para autorizar, finalmente marquei na Cardiolab, tirei hoje e espero o resultado para o dia 8 de novembro, voltarei à médica dia 9, isto é, quase um mês depois da primeira consulta. Não tenho nada grave, se não já teria tido um "treco".
Detalhe 1: o primeiro exame não obteve leitura porque a colocadora de eletrodos achou que era um exame de tireóide e mama. Ela colocou oseletrodos completamente fora dos lugares adequaados, a foto-modelo não ajudou...
Detalhe 2: no episódio em que "soltei os cachorros" na simpática que oferecia novo horário na clínica incompetente, tive uma taquicardia, resultado da muita raiva que senti momentaneamente. Depois disso o coração voltou ao ritmo normal, desde então não tive mais palpitações, a burocracia da medicina diagnóstica acabou com meus sintomas... Será que é tudo proposital?
sábado, 16 de outubro de 2010
Medicina Diagnóstica
Outro dia conversava com uma amiga sobre os tantos exames médicos a que nos submetemos. Por um lado, é fantástico acompanhar o progresso tecnológico, com seus scans e afins; por outro, nos surpreendemos um pouco a serviço dele, algo como o feitiço virando contra o feiticeiro. Ela comentava sobre custos (subjetivos, já que tem direito a plano de saúde) entre consultas médicas e exames e expectativas acerca do resultado dos exames e diagnóstico e prognóstico. O tema envolvia um que de nostalgia.
Hoje, sábado de manhã, fui fazer um ecocardiograma com doppler colorido, eco para os íntimos. Amanhã, provavelmente um lindo domingo de sol ameno, irei colocar um holter para investigar durante 24 horas o que anda fazendo o meu coração. Antes disso, ontem, estive oferecendo meu sangue para análise de eletrólitos e ainda devo ao laboratório material para verificação de possíveis elementos anormais e sedimentares. Claro que tudo isso foi recomendado por um médico a quem eu procurei pedindo orientação por não estar me sentindo bem. Há mais de um mês sinto palpitações, meu coração anda pulando mais do que o normal e às vezes por um tempo longo demais, esperei que ele se tranquilizasse a seu tempo, mas, como ele estava resolvido a continuar com o mau comportamento, resolvi procurar conselho especializado. Liguei e marquei uma consulta para duas semanas depois, nesse ínterim, imaginei que talvez não precisasse mais e, quem sabe, poderia desmarcar, pois o coração resolvia a seu bel prazer dia e hora que iria saracotear - da mesma forma que o joelho esquerdo, que dói a hora que bem entende, sem maiores motivos e explicações. Enfim, na quinta passada consultei-me.
Voltando à manhã de hoje. Eu não conhecia o endereço onde faria o exame, pois é um novo anexo do hospital. O rapaz com quem falei por telefone para marcar me informou a localização, pensei saber onde ficava, mas dei uma confirmada no Google. Não pude deixar de lembrar da conversa com a minha amiga do início do post. O anexo hospitalar funciona num teatro que já não funcionava há anos. Num prédio de arquitetura antiga, com florões, algumas partes do piso em mármore. A pintura é na cor areia, nova, limpa, asséptica, estéril. Persianas modernas, novas, na cor areia, combinando. Bromélias pegando um solzinho junto a grandes vidros que garantem iluminação natural. Na frente, ainda antes da entrada, um mini parquinho infantil com aqueles brinquedões de plástico. Pessoas - poucas, fazendo seu serviço educadamente e o mais silenciosamente possível. Letreiros indicativos na cor azul: acesso restrito, exame, saída; a expressão medicina diagnóstica é vista em placa azul grafada com grandes letras brancas.
Também não pude deixar de pensar em o que leva um teatro a ficar fechado por anos e o que leva à multiplicação em progressão geométrica de matrizes, filiais e anexos para o cuidado com a saúde ou atenção à doença ou medicina diagnóstica. O quê?
Estava até agora pensando nisso, então resolvi escrever para pensar melhor e para compartilhar essa sensação. Porque parece tudo muito óbvio, muito correto e adequado - afinal são mais unidades de atendimento para (uma parte) da população; mas eu fico perplexa, talvez nem tanto, acho que surpresa ou um pouco indignada. Afinal, por que mudamos tanto as nossas prioridades? Que valores são caros para nós? O que queremos da vida? O que esperamos dela e o que fazemos para que ela flua em conformidade com nossos desejos? De que temos nos alimentado? Em que medida não nos cuidamos verdadeiramente? Que uso fazemos do conhecimento?
Hoje, sábado de manhã, fui fazer um ecocardiograma com doppler colorido, eco para os íntimos. Amanhã, provavelmente um lindo domingo de sol ameno, irei colocar um holter para investigar durante 24 horas o que anda fazendo o meu coração. Antes disso, ontem, estive oferecendo meu sangue para análise de eletrólitos e ainda devo ao laboratório material para verificação de possíveis elementos anormais e sedimentares. Claro que tudo isso foi recomendado por um médico a quem eu procurei pedindo orientação por não estar me sentindo bem. Há mais de um mês sinto palpitações, meu coração anda pulando mais do que o normal e às vezes por um tempo longo demais, esperei que ele se tranquilizasse a seu tempo, mas, como ele estava resolvido a continuar com o mau comportamento, resolvi procurar conselho especializado. Liguei e marquei uma consulta para duas semanas depois, nesse ínterim, imaginei que talvez não precisasse mais e, quem sabe, poderia desmarcar, pois o coração resolvia a seu bel prazer dia e hora que iria saracotear - da mesma forma que o joelho esquerdo, que dói a hora que bem entende, sem maiores motivos e explicações. Enfim, na quinta passada consultei-me.
Voltando à manhã de hoje. Eu não conhecia o endereço onde faria o exame, pois é um novo anexo do hospital. O rapaz com quem falei por telefone para marcar me informou a localização, pensei saber onde ficava, mas dei uma confirmada no Google. Não pude deixar de lembrar da conversa com a minha amiga do início do post. O anexo hospitalar funciona num teatro que já não funcionava há anos. Num prédio de arquitetura antiga, com florões, algumas partes do piso em mármore. A pintura é na cor areia, nova, limpa, asséptica, estéril. Persianas modernas, novas, na cor areia, combinando. Bromélias pegando um solzinho junto a grandes vidros que garantem iluminação natural. Na frente, ainda antes da entrada, um mini parquinho infantil com aqueles brinquedões de plástico. Pessoas - poucas, fazendo seu serviço educadamente e o mais silenciosamente possível. Letreiros indicativos na cor azul: acesso restrito, exame, saída; a expressão medicina diagnóstica é vista em placa azul grafada com grandes letras brancas.
Também não pude deixar de pensar em o que leva um teatro a ficar fechado por anos e o que leva à multiplicação em progressão geométrica de matrizes, filiais e anexos para o cuidado com a saúde ou atenção à doença ou medicina diagnóstica. O quê?
Estava até agora pensando nisso, então resolvi escrever para pensar melhor e para compartilhar essa sensação. Porque parece tudo muito óbvio, muito correto e adequado - afinal são mais unidades de atendimento para (uma parte) da população; mas eu fico perplexa, talvez nem tanto, acho que surpresa ou um pouco indignada. Afinal, por que mudamos tanto as nossas prioridades? Que valores são caros para nós? O que queremos da vida? O que esperamos dela e o que fazemos para que ela flua em conformidade com nossos desejos? De que temos nos alimentado? Em que medida não nos cuidamos verdadeiramente? Que uso fazemos do conhecimento?
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Alegria, alegria!!!!!
Alegria de reeleger os meus candidatos!!! Alegria de acompanhar seus mandatos!! Alegria de participar de suas campanhas! Chico Alencar e Marcelo Freixo Essa dupla faz diferença!!!! |
|
Arte de campanha |
"Chico Alencar foi reeleito deputado federal com votação recorde – 240.724 votos. Com desempenho semelhante, Marcelo Freixo terá novo mandato na Alerj – 177.253 votos. É a vitória de uma campanha feita por ideologia, sem cabos pagos ou placas na rua." (Fonte: www.chicoalencar.com.br) |
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
sábado, 18 de setembro de 2010
Grupo Terapêutico
Estou formando um grupo terapêutico voltado para pessoas que tenham como objetivos o autoconhecimento e o equilíbrio emocional, visando o crescimento pessoal e a qualidade de vida.
Vamos trabalhar para valorizar a identidade, sensibilizar para a importância do autoconhecimento, favorecer a autoestima, buscar soluções para conflitos, despertar potenciais.
Quintas-feiras às 19h
Início em setembro
Local: Niterói - RJ
Contato: carolltavares@yahoo.com.br
www.umfocosubjetivo.blogspot.com
www.campodeflor.blogspot.com
Vamos trabalhar para valorizar a identidade, sensibilizar para a importância do autoconhecimento, favorecer a autoestima, buscar soluções para conflitos, despertar potenciais.
Quintas-feiras às 19h
Início em setembro
Local: Niterói - RJ
Contato: carolltavares@yahoo.com.br
www.umfocosubjetivo.blogspot.com
www.campodeflor.blogspot.com
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Ando pensando sobre liberdade e segurança...
No primeiro livro de Zygmunt Bauman que li - Comunidade (2003), está escrito logo na introdução: "Não seremos humanos sem segurança ou sem liberdade; mas não podemos ter as duas ao mesmo tempo e ambas na quantidade que quisermos. Isso não é razão para que deixemos de tentar. Mas serve para lembrar que nunca devemos acreditar que qualquer das sucessivas soluções transitórias não mereceria mais ponderação nem se beneficiaria de alguma outra correção."
instabilidade
consumo exagerado
Agora me chamou a atenção um trecho no posfácio: "Somos convocados, como observou Ulrich Beck com acidez, a buscar soluções biográficas para contradições sistêmicas; procuramos a salvação individual de problemas compartilhados. Essa estratégia provavelmente não dará o resultado que perseguimos, pois deixa intactas as raízes da insegurança; além disso, é precisamente essa dependência de nosso saber e recursos individuais que produz no mundo a insegurança da qual queremos escapar."
Minha reflexão sobre o assunto pretende ser consciente e permanente, mas talvez esteja ainda muito embrionária, necessitando ainda de muitas leituras, diálogos, trocas, digestões e novas reflexões.
Por hora, mais uma citação para enriquecer a reflexão. Cito Leonardo Boff - sempre inspirador, em Saber Cuidar (2000): "Importa construir um novo ethos que permita uma nova convivência entre os humanos com os demais seres da comunidade biótica, planetária e cósmica; que propicie um novo encantamento face à majestade do universo e à complexidade das relações que sustentam todos e cada um dos seres. [...] De onde vamos derivar esse novo ethos civilizacional? Ele deve emergir da natureza mais profunda do humano. De dimensões que sejam por um lado fundamentais e por outro compreensíveis para todos. Se não nascer do cerne essencial do ser humano, não terá seiva suficiente para dar sustentabilidade a uma nova florada humana com frutos sadios para a posteridade."
instabilidade
consumo exagerado
poder
desengajamentocompetição
angústia
busca de satisfaçãoangústia
multiplicidade de opções
experimentação
excessoexperimentação
Agora me chamou a atenção um trecho no posfácio: "Somos convocados, como observou Ulrich Beck com acidez, a buscar soluções biográficas para contradições sistêmicas; procuramos a salvação individual de problemas compartilhados. Essa estratégia provavelmente não dará o resultado que perseguimos, pois deixa intactas as raízes da insegurança; além disso, é precisamente essa dependência de nosso saber e recursos individuais que produz no mundo a insegurança da qual queremos escapar."
Minha reflexão sobre o assunto pretende ser consciente e permanente, mas talvez esteja ainda muito embrionária, necessitando ainda de muitas leituras, diálogos, trocas, digestões e novas reflexões.
Por hora, mais uma citação para enriquecer a reflexão. Cito Leonardo Boff - sempre inspirador, em Saber Cuidar (2000): "Importa construir um novo ethos que permita uma nova convivência entre os humanos com os demais seres da comunidade biótica, planetária e cósmica; que propicie um novo encantamento face à majestade do universo e à complexidade das relações que sustentam todos e cada um dos seres. [...] De onde vamos derivar esse novo ethos civilizacional? Ele deve emergir da natureza mais profunda do humano. De dimensões que sejam por um lado fundamentais e por outro compreensíveis para todos. Se não nascer do cerne essencial do ser humano, não terá seiva suficiente para dar sustentabilidade a uma nova florada humana com frutos sadios para a posteridade."
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Brincando de Manoel com Juju
A árvore ilumina a noite.
Meu nada reflete no oásis.
O céu absorve borboletas, insetos e meninos.
O chão é fundo.
Brinco de escrita porque sou nada, sou nada por dormir no buraco do colchão.
As flores espelham o que sinto.
Não sei por que, mas não.
O som e o cheiro da bosta dos passarinhos me infinitam de surpresa, o que é o ínfimo?
O verde é fundo de rio; o azul é como o frio, enruga.
Ruga, rogai por nós.
Manel, manel você é pinel ou tirou o chapéu?
Meu nada reflete no oásis.
O céu absorve borboletas, insetos e meninos.
O chão é fundo.
Brinco de escrita porque sou nada, sou nada por dormir no buraco do colchão.
As flores espelham o que sinto.
Não sei por que, mas não.
O som e o cheiro da bosta dos passarinhos me infinitam de surpresa, o que é o ínfimo?
O verde é fundo de rio; o azul é como o frio, enruga.
Ruga, rogai por nós.
Manel, manel você é pinel ou tirou o chapéu?
terça-feira, 13 de julho de 2010
Do Dicionário de Símbolos
"E é para dentro dessa cidadela de silêncio que o homem 'espiritual' se recolhe, a fim de defender-se contra todos os ataques do exterior, dos sentidos e da ansiedade, pois nela reside o seu poder, e é dela que ele extrai a sua força."
terça-feira, 15 de junho de 2010
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Bálsamo 8
As portas que me trancam
(Marina Colassanti)
A primeira porta é de madeira grossa. Obediente nos gonzos, lisa. Abre para uma sala grande de janelas ogivais quase seteiras encaixadas nos muros, origem da luz castanha que tudo lambe como um pelo. Não tem tranca.
A segunda porta é vermelha, dá para uma escada larga, mal iluminada, paredes e degraus cinzentos. Uma escada que desce entre poeiras. Tem um puxador estreito do lado de fora. Do lado de dentro tem que ser empurrada. Seu baque surdo repercute nas escadas.
A terceira porta é verde, de ferro. Dá para a mesma escada, agora mais estreita e mais escura, descendo em caracol. Tem uma tranca por dentro, barra grossa de ferro que se aparafusa na ponta para maior segurança.
A quarta porta é estanque. Barra a escada. A roda no centro indica fechamento de cofre. É de metal polida, marcada de arrebites, chapas sobrepostas em firme espessura. Conseguindo passar se saberia que abre para enormes salas, talvez cavernas, que bradas e estruturadas no arcabouço de vigas, nas arestas cortantes das abóbadas, entrecortadas por lances de escada que levam apenas a patamares e ao vácuo, ou então as esplanadas domadas por outros lances que adiante fogem em rampas. Cordas pendentes dos ganchos, agarradas nas vigas, enriquecem a sala de bordado de aranha. Rápidos voos entrecortam as arcadas.
Sete aberturas em arco marcam o início de sete corredores. Não têm portas. A entrada é livre. Levam às sete portas de um labirinto construído de tal modo que nunca se sabem qual é o teto e qual é o chão, onde a parte de cima e onde a parte de baixo, qual ele, qual o seu reflexo, se reflexo se pode chamar essa outra realidade. Mais difícil é saber, ao perseguí-lo, se é a pessoa que anda embaixo ou a que anda acima, pois o labirinto duplica tudo o que contém, sendo ele próprio duplo.
Não sei como se chega ao fim. Sei que no fim há uma porta. Pequena; bem pequena, por onde se entraria rastejando, a cabeça entre os braços; ao nível do chão, ou então de lado, as mãos ajudando o resto do corpo a passar. Eu mesmo nunca a atravessei.
As portas obedecem a ordens precisas, ditadas em silêncio.
Fecha-se a primeira ao grito da rua, à campainha toca, ao muito prazer com que cumprimentamos o novo conhecimento. É a porta de alerta, alarme das outras, que se abre porém com a mesma facilidade com que se fecha.
A segunda se tranca ao início da discussão, cumprimento da tarefa difícil, exercício do cargo. Pode ser aberta por fora, embora pesada. É por onde a descida começa. Adiante, fechasse a terceira.
A porta estanque está quase sempre fechada. Obedece, às vezes ao comando de abrir. Inútil forçá-la. Acionado, seu mecanismo se torna irreversível, e nada passa. Será preciso então esperar um momento sem perigo, o raro momento de suavidade em que a entrada é possível. Para avançar nas salas de grandes arcadas e duplicar-se no labirinto.
A porta pequena nunca se abriu. A intuição me diz do veludo e espinho, mucosa e lama, carícia de sangue. A intuição me diz de gritos no silêncio. Mas o medo guarda a porta, e mais forte fica quando cresce o desejo de abrir. Eu mataria o medo, se possuísse o que está atrás da porta. Mas não posso abrir, enquanto o medo estiver vivo. E a intuição me diz que atrás da porta é tudo.
(Marina Colassanti)
A primeira porta é de madeira grossa. Obediente nos gonzos, lisa. Abre para uma sala grande de janelas ogivais quase seteiras encaixadas nos muros, origem da luz castanha que tudo lambe como um pelo. Não tem tranca.
A segunda porta é vermelha, dá para uma escada larga, mal iluminada, paredes e degraus cinzentos. Uma escada que desce entre poeiras. Tem um puxador estreito do lado de fora. Do lado de dentro tem que ser empurrada. Seu baque surdo repercute nas escadas.
A terceira porta é verde, de ferro. Dá para a mesma escada, agora mais estreita e mais escura, descendo em caracol. Tem uma tranca por dentro, barra grossa de ferro que se aparafusa na ponta para maior segurança.
A quarta porta é estanque. Barra a escada. A roda no centro indica fechamento de cofre. É de metal polida, marcada de arrebites, chapas sobrepostas em firme espessura. Conseguindo passar se saberia que abre para enormes salas, talvez cavernas, que bradas e estruturadas no arcabouço de vigas, nas arestas cortantes das abóbadas, entrecortadas por lances de escada que levam apenas a patamares e ao vácuo, ou então as esplanadas domadas por outros lances que adiante fogem em rampas. Cordas pendentes dos ganchos, agarradas nas vigas, enriquecem a sala de bordado de aranha. Rápidos voos entrecortam as arcadas.
Sete aberturas em arco marcam o início de sete corredores. Não têm portas. A entrada é livre. Levam às sete portas de um labirinto construído de tal modo que nunca se sabem qual é o teto e qual é o chão, onde a parte de cima e onde a parte de baixo, qual ele, qual o seu reflexo, se reflexo se pode chamar essa outra realidade. Mais difícil é saber, ao perseguí-lo, se é a pessoa que anda embaixo ou a que anda acima, pois o labirinto duplica tudo o que contém, sendo ele próprio duplo.
Não sei como se chega ao fim. Sei que no fim há uma porta. Pequena; bem pequena, por onde se entraria rastejando, a cabeça entre os braços; ao nível do chão, ou então de lado, as mãos ajudando o resto do corpo a passar. Eu mesmo nunca a atravessei.
As portas obedecem a ordens precisas, ditadas em silêncio.
Fecha-se a primeira ao grito da rua, à campainha toca, ao muito prazer com que cumprimentamos o novo conhecimento. É a porta de alerta, alarme das outras, que se abre porém com a mesma facilidade com que se fecha.
A segunda se tranca ao início da discussão, cumprimento da tarefa difícil, exercício do cargo. Pode ser aberta por fora, embora pesada. É por onde a descida começa. Adiante, fechasse a terceira.
A porta estanque está quase sempre fechada. Obedece, às vezes ao comando de abrir. Inútil forçá-la. Acionado, seu mecanismo se torna irreversível, e nada passa. Será preciso então esperar um momento sem perigo, o raro momento de suavidade em que a entrada é possível. Para avançar nas salas de grandes arcadas e duplicar-se no labirinto.
A porta pequena nunca se abriu. A intuição me diz do veludo e espinho, mucosa e lama, carícia de sangue. A intuição me diz de gritos no silêncio. Mas o medo guarda a porta, e mais forte fica quando cresce o desejo de abrir. Eu mataria o medo, se possuísse o que está atrás da porta. Mas não posso abrir, enquanto o medo estiver vivo. E a intuição me diz que atrás da porta é tudo.
Mas o que eu queria dizer mesmo é que:
"Além do mais, a intuição fornece opções. Quando estamos ligados ao self instintivo, sempre temos pelo menos quatro escolhas... as duas que se opõem, a intermediária e aquela a que se chega após uma contemplação mais profunda."
(Clarissa Pinkola Estés)
(Clarissa Pinkola Estés)
sábado, 22 de maio de 2010
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Sem título
A vida não é triste e nem injusta. É impermanente. Nós, com nossos desejos e apegos, sofremos com mudanças comuns à vida; embora nunca tenhamos tido garantia de que tudo seria igual.
sábado, 15 de maio de 2010
Paz e estagnação
Há vários anos, no final de um curso de formação, saímos para comemorar e as professoras entregaram cartões e reflexões para nós, alunas. No meu cartão estava escrito: "A paz é o contrário da estagnação." Não entendi. Definitivamente, não entendi.
Até outro dia, quando percebi o sentido. Algo ocorreu e eu lembrei da frase e constatei que, agora, conseguia entender. O tempo é um mistério. A subjetividade também.
Até outro dia, quando percebi o sentido. Algo ocorreu e eu lembrei da frase e constatei que, agora, conseguia entender. O tempo é um mistério. A subjetividade também.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
sábado, 24 de abril de 2010
Passos rápidos, sem pressa
Calor. Nuvem preta sobre Icaraí. Rio claro, ainda. Roda de capoeira, fogos. Poucos carros, pouca gente. Futebol. 7 duplex. Cliques, cliques e cliques. Lembranças adolescentes. Vento reparador.
domingo, 18 de abril de 2010
Excessos, dietas e felicidade
Algum dia fiz uma avaliação sobre o que me fazia comer muito mais do que o necessário e, consequentemente, pesar muito mais do que gostaria. Em linhas gerais, concluí que era um modo de obter prazer em fases em que não estava obtendo prazer de outras formas. Ok, isso é o resumo do resumo, além de ser óbvio; mas é o que importa no momento. Fui uma adolescente que vivia inventando dietas para dois segundos depois, cometer todos os excessos. Até que a gravidez me fez emagrecer. E veio uma longa fase muito feliz, onde eu fazia várias coisas que me davam prazer em família, no trabalho, estudando e criando o que gostava. Foram 20 anos com o mesmo peso, o peso ideal! Comia meu chocolate, não fazia dieta, às vezes controlava um pouquinho aqui ou ali, mas não me castigava com os excessos e os excessos não me castigavam. Aí, comecei a engordar bem devagar, conforme ia ficando menos feliz e mais longe de mim. Com isso, voltei à fase das mil dietas e pouquíssimo resultado. Há dois anos e meio procurei os Vigilantes do Peso, estava com mais 6 quilos do que tinha na fase boa. Emagreci bastante no início, mas estacionei quando perdi 3 quilos e isso me desanimou, e eu engordei os 3 e mais 3, não assim, num piscar de olhos, mas ao longo de um ano e meio, talvez. Lá fui eu de novo... desta vez procurei um endócrino que me passou uma dieta de baixa caloria, mas que dava pra comer de tudo (como os Vigilantes). Emagreci 4, engordei 1 e estou com os mesmos 6 a mais. Na verdade, o processo tem que ser oposto. Sei que quando “voltar a mim”, quando estiver fazendo o que gosto, tendo uma vida mais parecida comigo, não vou precisar buscar tanta recompensa na comida. De qualquer forma, vou recomeçar a dieta, que na verdade precisa ser reeducação e não restrição alimentar. Gosto de dizer que segunda-feira não é dia de começar dieta, que é desculpa pra quem quis comer tudo no fim de semana; acho que as dietas deveriam começar na sexta!... Mas, começo a minha amanhã – segunda, porque hoje teve lanche na casa da minha mãe.
sexta-feira, 9 de abril de 2010
O que é o medo?
Segundo o Aurélio: Sentimento de viva inquietação ante a noção de perigo real ou imaginário, de ameaça; pavor, temor.
O que foi a onda de pânico que tomou conta de Niterói ontem, julgando que havia um mega arrastão que percorria do Fonseca a Icaraí?
Eu estava na rua e observei que algumas lojas estavam com as portas meio fechadas, pensei que poderia ser em sinal de respeito aos mortos, já que a cidade está de luto oficial. Continuei caminhando em direção ao meu destino, quando fui surpreendida por várias pessoas correndo e dizendo que havia um arrastão. Eu e alguns outros entramos numa loja que trancou a porta de vidro. Lá de dentro eu via algumas pessoas correndo, outras andando normalmente. Na loja, algumas pessoas se descontrolavam ao telefone contando para outras sobre o arrastão que estava ocorrendo em toda a cidade, com saques em lojas e mercados e quebra-quebra de carros. É assim que o pânico se espalha: celulares nas mãos + medos: da violência, do desconhecido, da ameaça, do descontrole, da impotência.
Mas, de verdade, somos um povo solidário, não só na ajuda a quem precisa como também com quem está na mesma situação que nós. Nos unimos nesses momentos, somos uma família, amigos de infância e nos defendemos. Na loja em que eu estava tinha uma menininha de seus 4 anos, assustada com tantos adultos tentando esconder que estavam com medo e que coisas muito ruins poderiam ocorrer. Todos nós queríamos protegê-la. As vendedoras ofereciam água. Quem tinha o celular funcionando mau (porque houve uma pane momentânea no serviço), tinha vários outros aparelhos à sua disposição. Enfim, o instinto de sobrevivência ou de preservação da espécie e o amor ou a solidariedade são naturais dos humanos.
Mas também somos cruéis. Quando nos colocamos no lugar de vítimas e nos eximimos do sofrimento alheio. Quando perguntamos, como ouvi no meu lugar de refugiada, "o que eu tenho com o que ocorreu, se perderam tudo eu não tenho nada com isso", diziam em relação ao arrastão anunciado e aos supostos autores - pobres que já tinham pouco e que perderam tudo com as chuvas fortes e os deslizamentos.
Medo da miséria.
Que, ainda segundo o Aurélio, é o estado deplorável; indigência, penúria; avareza; bagatela, ninharia; ação vil.
O imaginário coletivo tem o poder de produzir esse cenário cruel e ilusório.
Bom se conseguíssemos transformar esse coletivo através da soma de nossas realidades individuais.
O que foi a onda de pânico que tomou conta de Niterói ontem, julgando que havia um mega arrastão que percorria do Fonseca a Icaraí?
Eu estava na rua e observei que algumas lojas estavam com as portas meio fechadas, pensei que poderia ser em sinal de respeito aos mortos, já que a cidade está de luto oficial. Continuei caminhando em direção ao meu destino, quando fui surpreendida por várias pessoas correndo e dizendo que havia um arrastão. Eu e alguns outros entramos numa loja que trancou a porta de vidro. Lá de dentro eu via algumas pessoas correndo, outras andando normalmente. Na loja, algumas pessoas se descontrolavam ao telefone contando para outras sobre o arrastão que estava ocorrendo em toda a cidade, com saques em lojas e mercados e quebra-quebra de carros. É assim que o pânico se espalha: celulares nas mãos + medos: da violência, do desconhecido, da ameaça, do descontrole, da impotência.
Mas, de verdade, somos um povo solidário, não só na ajuda a quem precisa como também com quem está na mesma situação que nós. Nos unimos nesses momentos, somos uma família, amigos de infância e nos defendemos. Na loja em que eu estava tinha uma menininha de seus 4 anos, assustada com tantos adultos tentando esconder que estavam com medo e que coisas muito ruins poderiam ocorrer. Todos nós queríamos protegê-la. As vendedoras ofereciam água. Quem tinha o celular funcionando mau (porque houve uma pane momentânea no serviço), tinha vários outros aparelhos à sua disposição. Enfim, o instinto de sobrevivência ou de preservação da espécie e o amor ou a solidariedade são naturais dos humanos.
Mas também somos cruéis. Quando nos colocamos no lugar de vítimas e nos eximimos do sofrimento alheio. Quando perguntamos, como ouvi no meu lugar de refugiada, "o que eu tenho com o que ocorreu, se perderam tudo eu não tenho nada com isso", diziam em relação ao arrastão anunciado e aos supostos autores - pobres que já tinham pouco e que perderam tudo com as chuvas fortes e os deslizamentos.
Medo da miséria.
Que, ainda segundo o Aurélio, é o estado deplorável; indigência, penúria; avareza; bagatela, ninharia; ação vil.
O imaginário coletivo tem o poder de produzir esse cenário cruel e ilusório.
Bom se conseguíssemos transformar esse coletivo através da soma de nossas realidades individuais.
terça-feira, 6 de abril de 2010
Grupo de Mulheres
Convite para formação de grupo de mulheres
Objetivo: Vivência e partilha de experiências de crescimento pessoal.
Através de contos, materiais expressivos, jogos, técnicas corporais e arteterapia vamos caminhar na direção do autoconhecimento e da criatividade.
Serão 6 encontros, um sábado por mês, cada um com um tema.
Facilitadora - Caroline Tavares - Psicóloga crp14314/05 e Arteterapeuta aarj172
Dias 17/04, 15/05, 19/06, 17/07, 21/08 e 18/09
De 9h30 as 16h30
Local: Niterói | RJ
Inscrições antecipadas pelo e-mail: carolltavares@yahoo.com.br
Objetivo: Vivência e partilha de experiências de crescimento pessoal.
Através de contos, materiais expressivos, jogos, técnicas corporais e arteterapia vamos caminhar na direção do autoconhecimento e da criatividade.
Serão 6 encontros, um sábado por mês, cada um com um tema.
Facilitadora - Caroline Tavares - Psicóloga crp14314/05 e Arteterapeuta aarj172
Dias 17/04, 15/05, 19/06, 17/07, 21/08 e 18/09
De 9h30 as 16h30
Local: Niterói | RJ
Inscrições antecipadas pelo e-mail: carolltavares@yahoo.com.br
domingo, 28 de março de 2010
Novos blogs
FOCO SUBJETIVO
Sobre psicologia, arteterapia, mitologia, arte, criatividade, educação, saúde, qualidade de vida, ação solidária, cultura da paz.
www.umfocosubjetivo.blogspot.com
CAMPO DE FLOR
Sobre florais de Bach.
www.campodeflor.blogspot.com
Sobre psicologia, arteterapia, mitologia, arte, criatividade, educação, saúde, qualidade de vida, ação solidária, cultura da paz.
www.umfocosubjetivo.blogspot.com
CAMPO DE FLOR
Sobre florais de Bach.
www.campodeflor.blogspot.com
quarta-feira, 10 de março de 2010
Bálsamo 7
"Era uma vez uma criança que era toda feita de sal e que queria muito saber quem era e de onde tinha vindo. Um dia, embarcou para uma longa viagem, percorrendo muitas terras estrangeiras para buscar as respostas para suas perguntas. Eventualmente ela acabou chegando ao litoral de um vasto oceano.
- Que maravilha! - exclamou, pondo um pé na água do mar.
- Não tenha medo - sussurrou o oceano. - Se você prosseguir, vai encontrar o que está procurando.
A criança pôs o outro pé na água e foi entrando, andando cada vez mais para o fundo, seu corpo se dissolvendo a cada passo. Quando ela estava completamente submersa, exclamou numa voz cheia de encantamento:
- Ah, agora sei quem eu sou."
Do livro Na Casa da Lua, de Jason Elias e Katherine Ketcham
- Que maravilha! - exclamou, pondo um pé na água do mar.
- Não tenha medo - sussurrou o oceano. - Se você prosseguir, vai encontrar o que está procurando.
A criança pôs o outro pé na água e foi entrando, andando cada vez mais para o fundo, seu corpo se dissolvendo a cada passo. Quando ela estava completamente submersa, exclamou numa voz cheia de encantamento:
- Ah, agora sei quem eu sou."
Do livro Na Casa da Lua, de Jason Elias e Katherine Ketcham
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Bálsamo 6
O que constitui "o suficiente"?
"O amado Bal Shem Tov estava à morte e mandou chamar seus discípulos.
- Sempre fui o intermediário de vocês e agora, quando eu me for, vocês terão de fazer isso sozinhos. Vocês conhecem o lugar na floresta onde eu invoco a Deus? Fiquem parados naquele lugar e ajam do mesmo modo. Vocês sabem acender a fogueira e sabem dizer a oração. Façam tudo isso, e Deus virá.
Depois que o Bal Shem Tov morreu, a primeira geração obedeceu exatamente às suas instruções, e Deus sempre veio. Na segunda geração, porém, as pessoas se haviam esquecido de como se acendia a fogueira do jeito que o Bal Shem Tov lhes ensinara. Mesmo assim, elas ficavam paradas no local especial na floresta, diziam a oração, e Deus vinha.
Na terceira geração, as pessoas já não se lembravam de como acender a fogueira, nem do local na floresta. Mas diziam a oração assim mesmo, e Deus ainda vinha.
Na quarta geração, ninguém se lembrava de como se acendia a fogueira, ninguém sabia mais em que local exatamente da floresta deveriam ficar e, finalmente, não conseguiam se recordar nem da própria oração. Mas uma pessoa ainda se lembrava da história sobre tudo aquilo e a relatou em voz alta. E Deus ainda veio."
Do livro O Dom da História - Uma fábula sobre o que é suficiente, de Clarissa Pinkola Estés, Ed. Rocco
"O amado Bal Shem Tov estava à morte e mandou chamar seus discípulos.
- Sempre fui o intermediário de vocês e agora, quando eu me for, vocês terão de fazer isso sozinhos. Vocês conhecem o lugar na floresta onde eu invoco a Deus? Fiquem parados naquele lugar e ajam do mesmo modo. Vocês sabem acender a fogueira e sabem dizer a oração. Façam tudo isso, e Deus virá.
Depois que o Bal Shem Tov morreu, a primeira geração obedeceu exatamente às suas instruções, e Deus sempre veio. Na segunda geração, porém, as pessoas se haviam esquecido de como se acendia a fogueira do jeito que o Bal Shem Tov lhes ensinara. Mesmo assim, elas ficavam paradas no local especial na floresta, diziam a oração, e Deus vinha.
Na terceira geração, as pessoas já não se lembravam de como acender a fogueira, nem do local na floresta. Mas diziam a oração assim mesmo, e Deus ainda vinha.
Na quarta geração, ninguém se lembrava de como se acendia a fogueira, ninguém sabia mais em que local exatamente da floresta deveriam ficar e, finalmente, não conseguiam se recordar nem da própria oração. Mas uma pessoa ainda se lembrava da história sobre tudo aquilo e a relatou em voz alta. E Deus ainda veio."
Do livro O Dom da História - Uma fábula sobre o que é suficiente, de Clarissa Pinkola Estés, Ed. Rocco
terça-feira, 2 de fevereiro de 2010
sábado, 9 de janeiro de 2010
Extra, extra!!
A subjetividade não existe, era mera especulação devido à falta de conhecimentos científicos.
Descoberto mecanismo genético do vício em cocaína.
O futuro próximo reserva à humanidade as explicações sobre sua existência. Fundamentos científicos e tecnológicos respaldam a descoberta de que o homem é sua carga genética. A partir disso, os filmes de ficção científica e os medos dos humanistas serão realidade. Clones, eugenia, raça pura. Poder e controle total do capital, exclusão maciça dos que estão fora da lógica do consumo - o "lixo humano". E o sentido terá terminado. Ou será totalmente outro. Novos paradigmas, novos seres, novo mundo onde a subjetividade será lembrança de uma época sem recursos. A objetividade é a realidade. O fato. O agora. O projeto de pesquisa.
E tudo - todos - que insistirem em continuar com os antigos conceitos estarão vivendo num mundo paralelo, fora da realidade - no mundo de Alice.
Descoberto mecanismo genético do vício em cocaína.
O futuro próximo reserva à humanidade as explicações sobre sua existência. Fundamentos científicos e tecnológicos respaldam a descoberta de que o homem é sua carga genética. A partir disso, os filmes de ficção científica e os medos dos humanistas serão realidade. Clones, eugenia, raça pura. Poder e controle total do capital, exclusão maciça dos que estão fora da lógica do consumo - o "lixo humano". E o sentido terá terminado. Ou será totalmente outro. Novos paradigmas, novos seres, novo mundo onde a subjetividade será lembrança de uma época sem recursos. A objetividade é a realidade. O fato. O agora. O projeto de pesquisa.
E tudo - todos - que insistirem em continuar com os antigos conceitos estarão vivendo num mundo paralelo, fora da realidade - no mundo de Alice.
quarta-feira, 6 de janeiro de 2010
Retomando as atividades, começando o ano novo
Atendimento a crianças, adolescentes e adultos
Atendimento a gestantes
Vivências Criativas
Terapia Floral
* Arteterapia - É o processo terapêutico onde diversos tipos de recursos expressivos são utilizados visando possibilitar ao indivíduo vivenciar seus sentimentos, conflitos e buscas de modo que a cada construção externa-expressiva haja também a possibilidade de compreensão e reorganização internas. Esta modalidade de terapia tem meios de tornar-se mais rápida do que as terapias verbais, devido à multiplicidade dos canais de expressão e compreensão/elaboração dos conteúdos e conflitos existentes.
* Atendimento a gestantes - Temas: gravidez, parto, nascimento, pós-parto, amamentação, cuidados e vínculo com o bebê. Os objetivos são informar, diminuir a ansiedade, trabalhar a imagem corporal e a interação com o bebê.
* Vivências Criativas - Qualidade de vida, autoconhecimento e crescimento pessoal através do exercício da criatividade. A dinâmica do trabalho decorre da união de recursos expressivos [pintura, mosaico, escrita, simbologia, etc.] e da expressão criativa dos participantes.
* Florais de Bach - Têm como objetivo estabelecer o equilíbrio entre o corpo, a mente e a alma. Não são medicamentos e não substituem a necessidade de cuidados médicos e psicológicos, agem como um sistema natural e complementar de cura.
Atendimento a gestantes
Vivências Criativas
Terapia Floral
* Arteterapia - É o processo terapêutico onde diversos tipos de recursos expressivos são utilizados visando possibilitar ao indivíduo vivenciar seus sentimentos, conflitos e buscas de modo que a cada construção externa-expressiva haja também a possibilidade de compreensão e reorganização internas. Esta modalidade de terapia tem meios de tornar-se mais rápida do que as terapias verbais, devido à multiplicidade dos canais de expressão e compreensão/elaboração dos conteúdos e conflitos existentes.
* Atendimento a gestantes - Temas: gravidez, parto, nascimento, pós-parto, amamentação, cuidados e vínculo com o bebê. Os objetivos são informar, diminuir a ansiedade, trabalhar a imagem corporal e a interação com o bebê.
* Vivências Criativas - Qualidade de vida, autoconhecimento e crescimento pessoal através do exercício da criatividade. A dinâmica do trabalho decorre da união de recursos expressivos [pintura, mosaico, escrita, simbologia, etc.] e da expressão criativa dos participantes.
* Florais de Bach - Têm como objetivo estabelecer o equilíbrio entre o corpo, a mente e a alma. Não são medicamentos e não substituem a necessidade de cuidados médicos e psicológicos, agem como um sistema natural e complementar de cura.
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